Chefs de cozinha reforçam a qualidade do produto brasileiro

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Durante III Evento Internacional de Indicações Geográficas, chefs defendem a importância de “convencer a elite” sobre o consumo de produtos nacionais

Grandes Chefs de cozinha brasileiros participaram, nesta quinta-feira, do talk show “Identidade e propósito baseados na origem”, realizado no III Evento Internacional de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, que acontece em Belo Horizonte. Os convidados discutiram sobre o papel dos chefs na divulgação dos produtos com identificação de território. “Nós temos uma tradição de pouca valorização do produto brasileiro pela nossa elite”, afirmou Joana Martins, proprietária dos restaurantes Lá em Casa e Manioca, em Belém (PA).

Joana Martins é filha do chef Paulo Martins, que, há quase 50 anos, se notabilizou por utilizar ingredientes da região amazônica para compor pratos que ganharam fama internacional. Martins apresentou esses produtos a chefs como Alex Atala, que passou a utilizá-los. “Dentro desse universo da alimentação, a gastronomia se destaca pelo prazer à mesa que proporciona. Os produtos de indicação geográfica são importantes porque são bons, são saborosos, não conseguiríamos fazer o que fazemos sem eles”, afirmou Joana.

Flávio Trombino, chef do restaurante Xapuri, em Belo Horizonte-MG, contou sobre a “ditadura dos restaurantes franceses nas décadas de 1980 e 1990”. “Como se diz, a síndrome de vira-lata vai se perdendo quando amadurecemos como cultura. Esse é o lado bom da gastronomia, de mostrar de onde vem aquele produto, aquele sabor, e do saber envolvido na produção”, disse. “E quando um chef como o Alex Atala diz que usa determinado produto, todos correm para compra-lo.”

A ligação da terra com o homem é o mote do trabalho do chef gaúcho Rodrigo Bellora, do Vale Rústico, no Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul. “Vivemos inseridos no universo das indicações geográficas e a carta de vinhos do nosso restaurante já demonstra isso”, contou. “O melhor produto é aquele do qual se conhece a origem. Gastronomia é um produto de luxo e os produtos de indicação geográficas são isso mesmo, itens de luxo, não exatamente pelo preço, mas pela sofisticação”, explicou.

Divulgação: Sebrae

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